O que queremos que o CEO saiba?

Frequentemente colaboradores são chamados a ampliar seus esforços em prol dos objetivos de seu departamento. As metas individuais e de equipe são ampliadas para atender aos objetivos de competitividade que a empresa estabelece. Reuniões de feedback se sofisticam buscando as melhores performances individuais e a competição interna se intensifica.

No módulo inspirado no livro de Ran Charam, aprofundamos o conhecimento sobre as variáveis fundamentais que fazem o progresso da empresa e percebemos que esses conceitos são tão aplicáveis à nossa casa, como a uma grande empresa. Mas se são tão óbvias, por que voltar a esse tema? Por que elas não fazem parte do dia de todos?

Simples – porque as empresas, em sua maioria, criam rotinas, sistemas e controles cada vez mais específicos que se desvinculam de suas finalidades últimas e de como ele pode e precisa prosperar. Num departamento não é raro encontrar profissionais focados em suas metas e desvinculados do que é realmente importante. Talvez porque imaginem que alguém “lá em cima” tem condições de convergir todas as atividades feitas que atingem suas micro metas e que a soma de todas elas entrega tudo o que é necessário.

Infelizmente, isso não é verdade. As metas, os objetivos individuais e de equipes de fato deveriam funcionar como uma soma sinérgica cuja resultante seria maior do que a soma simples das partes. Em muitos casos, no entanto, vemos uma disputa de agendas, nem sempre orientadas para o melhor para a empresa, mas para o melhor para os departamentos e seus executivos.

Ao estimular os profissionais para que tenham uma visão abrangente da empresa, diretorias e médias gerências estarão preparadas para as demandas reais e o discernimento entre agendas pessoais e aquilo que é realmente importante? Estarão esses executivos prontos para equipes mais maduras conscientes e, portanto, mais críticas?

Meu palpite é que no mundo empresarial cada vez mais complexo e exigente, executivos que não se derem conta dessas novas realidades, não só colocarão suas carreiras em xeque, como poderão direcionar suas empresas para perdas, talvez irreparáveis. Melhor pensar nisso!

Prof. Victor Olszenski